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Teoria U: desenvolvendo habilidades para liderar transformações

Sobre a Teoria U - Apresentação

Boas-vindas ao curso sobre Teoria U. Meu nome é Mara Carneiro.

Audiodescrição: Mara Carneiro se descreve como uma mulher branca. Tem cabelos castanhos, aproximadamente na altura dos ombros, e olhos azuis. Está uma camisa preta, um casaco amarelo e um colar prata. Ao fundo, parede com desenhos geométricos e iluminação rosa.

Tenho mais de 15 anos de experiência na área de gestão de mudanças, gestão da inovação e inovação em grandes corporações, universidades e empresas pequenas. A maior parte da minha carreira foi na área de consultorias estratégicas dentro desse setor. Tive a oportunidade de trabalhar com vários setores econômicos diferentes.

Recentemente, entrei no mundo da educação dentro da FIAP. Também sou professora de inovação, gestão de mudanças, gestão da inovação, inovação e empreendedorismo da Alura e sou coordenadora do MBA da FIAP, que se aprofunda nesse assunto.

Além disso, recentemente fui co-fundadora do Impact Lab FIAP, uma área que está repensando o impacto e o ESG (Environmental, Social and Governance) do grupo FIAP-Alura como um todo.

O que vamos aprender?

Dentro deste curso, nós vamos entender a Teoria U enquanto uma abordagem para a gestão de mudanças, que vem do MIT (Massachusetts Institute of Technology). Vamos compreender onde aplicá-la e para que tipo de desafio é interessante trazer essas ferramentas para lidar melhor com o processo de mudança.

Também vamos entender a abordagem da Teoria U, tanto do ponto de vista conceitual quanto do ponto de vista de processo. Existe um movimento em formato de U, com cinco partes:

  1. co-iniciar;
  2. observar;
  3. presenciar;
  4. co-criar;
  5. institucionalizar.

Vamos explorar cada um desses cinco movimentos, com dicas e ferramentas para aplicar em cada um deles.

Falando de ferramentas, o curso está cheio de práticas e formas de aplicar e integrar isso no dia a dia, para lidar com as mudanças nas nossas organizações.

Trouxemos casos de aplicação da Teoria U, com pessoas que já aplicaram isso dentro de suas organizações para compartilhar os desafios e aprendizados. Além disso, disponibilizaremos um toolkit com ainda mais ferramentas, caso você queira colocar em prática.

Também contaremos com uma presença especialíssima neste curso, pois tivemos a oportunidade de entrevistar o próprio professor Otto Scharmer, do MIT, que é o grande nome por trás dessa teoria. Você encontrará nesse curso tanto trechos associados a cada uma das aulas quanto a entrevista na íntegra no final.

Estamos cheios de animação para te receber neste curso. Nos encontramos na primeira aula!

Sobre a Teoria U - Mudanças complexas

Quais são os desafios ideais para aplicar a Teoria U? Onde a Teoria U se diferencia de outras metodologias? E como entender o melhor momento de aplicá-la?

Vamos explorar alguns exemplos e convidamos você a refletir sobre seu dia a dia, seja no âmbito profissional ou pessoal, para identificar oportunidades de aplicação e já começar a aplicar até mesmo durante o curso.

Desafios que podem ser trabalhados com a Teoria U

Primeiro desafio é avançar em um processo ou projeto no qual sentimos que estamos estagnados, seja profissional ou pessoal. Quando um projeto não está progredindo bem, é um bom momento para começar a aplicar as ferramentas da Teoria U.

Outra sugestão é em processos de mudança, sejam eles pequenos ou grandes, que você esteja conduzindo. Pode ser uma mudança na forma de trabalho, adoção de uma nova tecnologia, ou uma alteração de rotina. Enfim, algo sob sua condução.

A Teoria U também é eficaz quando enfrentamos resistências frente a um processo, projeto ou tecnologia. Se sentimos resistência na adoção de algo novo, seja em nós mesmos ou nas pessoas ao nosso redor, isso é um bom desafio para aplicar a Teoria U.

Outros exemplos incluem projetos que nos assustam ou que evitamos lidar, sem saber exatamente o porquê. Esse é um bom contexto para aplicar a Teoria U, pois ela será útil. Por outro lado, um projeto que nos empolga muito, mas que encontramos dificuldade em concretizar, também é um cenário adequado.

Em resumo, mudanças sistêmicas e organizacionais são contextos onde a Teoria U pode contribuir significativamente para resolução de desafios.

É importante desmistificar a ideia de que a Teoria U só funciona para grandes empreendimentos. Ela é eficaz para todo tipo de mudança que envolva um sistema, mesmo que pequeno, como uma área, equipe ou trabalho individual.

Próximos passos

Convidamos você a refletir e identificar oportunidades para aplicar a Teoria U ao longo do curso. O curso foi desenvolvido com esse propósito, oferecendo ferramentas e sugestões práticas. Quanto mais aplicamos, mais aprendemos. Portanto, experimente as abordagens apresentadas para resolver um ou mais desafios desse aspecto que você esteja enfrentando.

No próximo vídeo, vamos entender a visão geral da Teoria U, sua abordagem e as premissas por trás dela, para começar a entender como aplicá-la.

Sobre a Teoria U - U e U invertido

Vamos entender por que a teoria U recebe esse nome. Frente às disrupções e mudanças que afetam significativamente nossas vidas e hábitos, nós temos reações típicas.

Quais são essas reações típicas à mudança? Podemos citar o medo, a resistência e o receio frente ao novo. No entanto, também podemos sentir empolgação e curiosidade, desejando explorar esse novo cenário.

U e U invertido

Na teoria U, dividimos essa reação à mudança em dois grandes blocos opostos:

  1. ciclo da ausência: simbolizado pelo U invertido, representa a resistência e a negação da mudança. Em termos de linguagem corporal, isso se traduz em afastar-se, dar um passo para trás e proteger-se.
  2. ciclo da presença: simbolizado pelo U, onde nos abrimos para a mudança, relaxamos e nos conectamos com a curiosidade e a vontade de conhecer melhor o novo cenário.

Esses dois ciclos, o da presença e o da ausência, são fundamentais para compreender como a teoria U opera e como podemos aplicá-la em nossos desafios diários, sejam eles grandes ou pequenos. Vamos explorar cada uma dessas reações.

Ciclo da ausência

Primeiro, o ciclo da ausência é ocasionado por três grandes vozes, que são barreiras para abraçar a mudança. A primeira é a voz do julgamento, que nos cega e nos prende a uma verdade ou visão fixa. Quando estamos com o "copo cheio", não conseguimos enxergar o novo.

Depois de superar a voz do julgamento, qual a próxima grande barreira? A segunda barreira é a voz do cinismo, que nos mantém presos em um conflito de "nós versus eles", buscando culpados externos. Um indício dessa voz são as frases que começam em terceira pessoa, afastando a responsabilidade de nós mesmos.

Uma vez superada essa voz, conseguimos analisar a situação de vários ângulos. O próximo desafio é a voz do medo, que nos impede de deixar o velho para que o novo possa emergir. Afinal, toda grande mudança causa o fim de algo. Por exemplo, o streaming acabou com o DVD, já o DVD acabou com o VHS. O mesmo aconteceu com o CD e o vinil.

Ciclo da presença

Superar essas três vozes nos permite construir e caminhar pelo ciclo da presença. Todas as ferramentas que apresentaremos tem relação a como sair do ciclo da ausência e mover para o ciclo da presença, liderando a nós mesmos e a outras pessoas nesse processo.

Mas, como isso se traduz na prática? Para suspender a voz do julgamento, precisamos abrir a mente e ativar a curiosidade. É necessário "esvaziar o copo", ou seja, ter disposição de encarar a situação de outra forma.

Para suspender a voz do cinismo, devemos abrir o coração e desenvolver empatia. Em outras palavras, devemos travar contato com outras pessoas e ter uma disponibilidade de escuta para se colocar no lugar delas e, assim, perceber como aquela questão as afeta.

Por último, para vencer a voz do medo, é necessário abrir a vontade e querer mudar verdadeiramente. Assim, conseguimos, de fato, abandonar velhos paradigmas e opiniões e deixar espaço para o novo.

Atenção, intenção e capacidade de ação

Em suma, o cenário do U invertido tem a ver com resistência e grandes barreiras para a mudança, enquanto o ciclo do U é relacionado a criação de arquiteturas de conexão e práticas que nos permitem lidar com o diferente.

Podemos resumir esse ciclo de presença, que é tão fundamental para entender a Teoria U, em três palavras:

Perceba que essas palavras estão relacionadas. Quando trazemos a atenção para o momento presente e temos mais curiosidade e disponibilidade de investigar o assunto, naturalmente encontramos a intenção e entendemos o porquê daquela mudança. Por último, sentimos a capacidade de agir.

Conclusão

Duas frases importantes resumem essa abordagem a mudança da Teoria U. A primeira é de Bill O'Brien, CEO Hanover Insurence:

"O sucesso da intervenção depende do estado interior de quem intervém."

Nossa atenção, intenção e capacidade de agir são fundamentais para conduzir uma mudança com sucesso. Se estamos com a atenção dispersa, se a intenção não está clara e se nos sentimos com sobrecarga, não poderemos agir.

Como está a sua qualidade interna frente a esse desafio? Tenta resgatar um exemplo que você tá vivendo agora e identificar como você está internamente.

A segunda frase é de Christiana Figueres, um grande nome por trás dos acordos climáticos de Paris. É um desafio complexo conseguir que múltiplos stakeholders e atores internacionais cheguem a um acordo de como atuar diante da mudança climática.

"O trabalho sobre si mesmo(a) é a única coisa que você pode controlar."

O sucesso em lidar com a mudança depende de como estamos internamente - e conseguimos interferir em nós mesmos, já que fazemos parte daquele sistema.

Próximos passos

A essência da teoria U é focar no estado interno ao enfrentar mudanças, notando a nossa atenção, intenção e capacidade de agir.

Uma das ferramentas que a teoria U oferece para investigar esse estado interno para se perceber melhor é a anotação consciente (ou journaling, em inglês). A seguir, vamos conduzir essa atividade em vídeo para fazê-la juntos.

Sobre o curso Teoria U: desenvolvendo habilidades para liderar transformações

O curso Teoria U: desenvolvendo habilidades para liderar transformações possui 144 minutos de vídeos, em um total de 45 atividades. Gostou? Conheça nossos outros cursos de Administração e Gestão em Inovação & Gestão, ou leia nossos artigos de Inovação & Gestão.

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